Princípios Slow Travel

Os 12 Princípios do Slow travel

Os 12 Princípios do Slow Travel

O Slow Travel é um movimento que vem ganhando cada vez mais força entre os viajantes. E como vocês sabem, o Viaje Cartesiano é um de seus adeptos. Inclusive, já temos vários posts escritos sobre o assunto. E como trata-se de um tópico sobre o qual gostamos de falar, traremos sempre aqui, textos com explanações e atualizações neste sentido.

Neste post, por exemplo, vamos falar sobre o Manifesto do Slow Travel, doze princípios que norteiam os viajantes slow, na hora de escolherem seus roteiros, modo de viajar e até na maneira de planejar a viagem.

modo slow
Viaje no Modo Slow!

 

O Manifesto do Slow Travel

O Manifesto do Slou travel (original “A manifesto for slow travel”), foi escrito por Nicky Gardner, em 2009. Gardner é editora e escritora da revista Hidden Europe. Na data, ao final de um artigo sobre o Slow Travel, a escritora decide fazer uma lista com 12 ideias que deveriam ser norteadas pelos viajantes.

No artigo, ela fala sobre os prazeres de se viajar, digamos, “sem pressa”, abordando o fato de que uma viagem onde tudo acontece de maneira rápida acaba se tornando cansativa, e até mesmo, o viajante corre o risco de confundir as memórias dos lugares visitados.

Assim, uma viagem mais lenta, permite a construção de uma conexão com o lugar visitado e incluso, a desconstrução de preconceitos. Nos convida a observar os espaços, com o olhar de um morador local, uma vez que os centros urbanos estão, de maneira geral, construídos em função da vida cotidiana e não do turismo.

Outra questão importante a se pensar é que quando a autora escreve o artigo, ela ainda coloca como subtítulo “Slow Travel Europa: Alguns princípios norteadores”, o que indica que este era o contexto que ela tinha em mente ao abordar certos aspectos. Isto é, os exemplos dados por ela, levam em consideração, por exemplo, transporte público (terrestre e aquático) de qualidade, e distâncias relativamente curtas, onde seja possível viajar entre países com certa facilidade. Então o exercício é tentar adaptar a ideia central, os princípios, à realidade de viagem, seja em termos financeiros, duração ou distância.

O slow travel e as tecnologias

Vale a ressalva de que a crítica do Slow Travel não é referente às tecnologias em si. Mas em como fazemos uso delas enquanto ferramentas. Me pego pensando, por exemplo, em que muitas vezes, o descanso, as férias e portanto, as viagens passam a significar um intervalo entre as obrigações da vida real. E já que os problemas de casa, familiares e de trabalho estão postos em “pausa”, é o momento de aproveitar tudo o que se pode, de viver com intensidade. Sem contar que agimos, muitas vezes, sob a ótica das rotinas estressantes somada às massificadas mensagens de que a vida é curta e devemos aproveitá-la. Resultado: Carpe diem!

Mas, se não tomarmos cuidado, se nossas escolhas não forem conscientes, acabamos levando a mesma energia da celeridade de uma rotina comum, para um momento que deveria ser de relaxamento. Por exemplo, em seu artigo, Gardner fala sobre como o século XX criou uma associação entre a velocidade e o sucesso. Não é nenhuma novidade que a evolução tecnológica acabou nos tornando mais imediatistas. Existem inúmeros artigos científicos abordando estes pontos e de que, incluso, tem alterado até nossos mecanismos de cognição e atenção. E no campo das viagens, o que se perde com essa velocidade toda, é o que se poderia aproveitar da jornada.

Principios Slow Travel
As vantagens de usar meios de transporte mais curtos.

Sobretudo, o que se deve evitar é não tornar um translado, por exemplo, em algo estressante. Uma viagem deve ser vista em todos os seus aspectos, não como se pudéssemos pular os frames e ir do ponto “bagagem arrumada” para “chegada no destino”. É também entender os seus desejos e necessidades. Não cair nas armadilhas e gatilhos dos “destinos imperdíveis”, do “lugares que você TEM que conhecer”, etc. É também entender sobre a cultura de um povo e fazer escolhas melhores sobre o que consumir, onde consumir, lugares a se frequentar (e quais fugir).

 

Os princípios do Slow Travel

1- Comece em sua própria casa. A chave do Slow Travel é o estado de espírito. Isto pode ser desenvolvido em casa;

2- Viaje lentamente: evite os aviões sempre que possível, no lugar, aproveite as balsas, ônibus locais ou trens. A velocidade destrói a relação com a paisagem. O Slow Travel faz, justamente, a restauração desta relação;

3- Você pode esperar ansiosamente a chegada a um destino escolhido, mas não deixe esta antecipação eclipsar o prazer da jornada;

4- Conheça os mercados e lojas locais;

5- Saboreie a “cultura dos cafés”. Sentado em um café você se torna parte da paisagem urbana, e não apenas um observador passageiro;

6- Reserve um tempo para conhecer um pouco dos idiomas ou dialetos locais das áreas que você visita. Aprenda algumas palavras, use um dicionário e compre um jornal local;

7- Interaja com as comunidades de forma respeitosa. Escolha acomodações e busque alimentações adequadas para a área em que você está viajando;

8- Faça o que os nativos fazem, não apenas o que dizem os guias de viagem;

9- Aproveite o inesperado. Trens atrasados ou conexões de ônibus perdidos podem criar novas oportunidades;

10- Pense no que você pode devolver às comunidades que visitou.

modo slow
Símbolo do Slow Travel.

 

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Lembrando que este post é mais um da nossa maratona do mês de agosto, o mês do Blog. Já estamos na 4ª semana! Portanto, não deixe de acompanhar até o final!

Um abraço e até amanhã!

Beda 2022
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